Gostaria de falar de amor daqui pra frente,
gostaria de juntar palavras novas,
de compor canções e versos de lindas trovas
e acender luzes e olhos, cegamente!
Poderia, do sangue meu, qual seiva bruta,
num gesto novo, feito algum brandir de espadas,
romper no peito a veia de sangrar floradas
e semear o amor no terral fruto da luta?
Anjo de mim, de augusta verve descabida,
a abismar um céu – asa da ode contraída –
eu poderia ser um canto azul-jasmim!
Eu poderia ser um verso bom, contente,
uma emoção pra Deus, razão pra todo fim,
e só seria eu, o amor, daqui pra frente…