Na verdade, gostaria de estar endereçando este texto ao Ministro da educação. Contudo, desabafo a minha indignação através desse espaço.
Ao ler, na semana passada, um artigo do jornal “O Estado de São Paulo” falando sobre o fechamento de 101 cursos universitários em diversos estados do Brasil, fiquei pensando em um monte de razões e supostas explicações. Em primeiro lugar, como pode haver uma crítica tão forte sobre tais universidades, usando critérios tão rigorosos, se a educação no nosso país, frente às escolas públicas é vergonhoso?
O ingresso nas universidades, ultimamente está cada vez mais difícil, e o Ministro, Paulo Renato diz que os estudantes das universidades que estão para ser fechadas vão para universidades melhores, mas as vagas já estão tão restritas, como que terá espaço para mais gente? Questões como estas eu gostaria de poder discutir, tendo respostas não tão radicais quanto as que o Ministro apresenta no jornal.
O provão realizado pelo MEC não pode avaliar um curso universitário como um todo, pois ele é feito por ex-alunos que já concluíram sua vida escolar, não priorizando obter uma boa nota que defenda o nome da faculdade em que estudou. Por este motivo que o provão deveria ser realizado durante o período em que o aluno está na faculdade; afinal, ele terá um interesse a ser defendido, pois ele tem interesse em que a sua faculdade obtenha estatus que, futuramente, lhe seja vantajoso no mercado de trabalho.
O governo deveria se preocupar primeiramente em melhorar o ensino médio, tornando-o um exemplo para a educação e depois poder criticar o ensino superior. Afinal, com um nível tão diferenciado de ensino, não é possivel haver excelentes universidades com brilhantes alunos, que futuramente virão a dominar o mercado de trabalho. As coisas têm que caminhar aos poucos, não adianta começar pelo final.