Durante as últimas décadas, com a intensificação do poder da mídia, o homem vem perdendo a capacidade de discernir a essência da aparência. As máquinas não são somente sua extensão física, mas também psíquica.
Pode-se observar um determinismo camuflado de liberdade através de um simples grupo de conversa na internet, ou mesmo pelos telejornais mais assistidos, em que as notícias são regidas pela dramaturgia.
Indústrias tabagistas, após sofrerem retaliações nos países desenvolvidos, desviam e investem milhões de dólares em publicidade no mundo subdesenvolvido. As formidáveis propagandas a que assistimos demonstram indivíduos cada vez mais livres, providos de prazeres e estados que jamais poderão ser oferecidos pelo produto.
Deve-se destacar que, em sua maioria, as corporações influentes sobre os conceitos da população obtém prestígio explorando temas não condizentes com as necessidades do país. Como resultado, são equiparados os valores das dicotomias: futebol-educação, carnaval-miséria, imagem-mulher entre outras.
Em lugares como o Brasil, onde a mídia atinge indistintamente várias classes sociais, faz-se necessário levar em consideração os estímulos recebidos pela parte da sociedade que não tem como satisfazê-los. Segundo a Febem (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor), na véspera do dia das mães, dos namorados e do Natal, o número de furtos praticados por menores dispara, sendo esta, uma curiosa e moderna forma por que as desigualdades afloram.
Em síntese, a atual ênfase dada à imagem, desvia o ser humano aos pequenos valores, privando-o da liberdade de escolha.