Ele caminhava devagar, sentindo pequenas pedras alfinetando-lhe os pés desacostumados com a nudez. Dores insuspeitadas nas costas moídas. Faltava pouco. Um acesso de tosse pintou-lhe um Deus mais injusto ainda. Precisava fazer um pouco mais de esforço. Pessoas e distância nunca foram conceitos casados. E um final de vida modesto é o que se espera, ao final de tudo.
Abaixo, as pedras e o mar faziam um belo quadro. O velho Nonato fechou os olhos e se imaginou mesclado na mesma pintura. A última coisa que sentiu foi o vento tocando-lhe a face e a breve lembrança de Ismênia pulsando, pulsando, pulsando…