Biologia

Oi, estudante! Em nosso contato anterior , você obteve noções de algumas das principais características dos vegetais . Hoje, voltaremos a estudar, com mais detalhes, as briófitas.
BRIÓFITAS
Classificação
– Em algumas classificações as briófitas são divididas em : musgos, hepáticas e antóceros. Mas em outras, mais recentes, somente os musgos pertencem às briófitas, sendo os outros dois grupos considerados divisões.
Onde podem ser encontradas
– A maioria das briófitas é terrestre mas há representantes de água doce. Não se conhecem briófitas que vivam no mar. Muitos musgos vivem em regiões tropicais em ambientes úmidos e sombreados porém existem espécies que habitam regiões temperadas e até mesmo árticas, onde fazem parte da tundra.
Características gerais dos musgos
– Os musgos são plantas de pequeno porte que não apresentam estruturas rígidas de sustentação e nem vasos condutores de seiva além disto, dependem da água para fecundação, vivendo em ambientes úmidos e sombreados. Não possuem raízes caule ou folhas mas apresentam rizóides, caulóides e filóides . Seu corpo é um talo. Devido à ausência de tecidos especializados na condução de seiva, o transporte de nutrientes se faz de célula à célula, lentamente, por difusão.
Características gerais das hepáticas
– As hepáticas são plantas talófitas, com organização mais simples em relação aos musgos. Existem espécies de água doce e outras terrestres que podem ser encontradas em florestas tropicais pluviais, crescendo sobre árvores ou solo úmido. As hepáticas, assim como os musgos, se reproduzem por metagênese ou alternância de gerações mas algumas hepáticas (como a Marchantia) podem se reproduzir também de forma assexuada através de propágulos que se formam em conceptáculos. Os propágulos correspondem a pequenos fragmentos multicelulares que se destacam da planta-mãe e são levados pela água da chuva ou por respingos até algum local adequado, onde originarão novos seres.
Importância das briófitas
– Assim, como as outras plantas, realizam fotossíntese, produzindo matéria orgânica e oxigênio. – Muitas briófitas apresentam importância ecológica pois pelo entrelaçamento dos rizóides retém a terra, ajudando a evitar o ³desbarrancamento¹¹ de encostas. – Existem espécies de musgos que formam as turfeiras. Solos misturados às turfas, tendem a ser mais úmidos pois os musgos de turfa têm grande capacidade de absorver água do meio. – Em determinados locais, a turfa seca é utilizada como combustível.
Reprodução por metagênese
– Diversas briófitas se reproduzem por metagênse ou alternância de gerações haplóides e diplóides. – Os esporos iniciam a fase haplóide do ciclo de vida dos musgos e o zigoto, a fase diplóide.). – Nos musgos o gametófito haplóide é o vegetal duradouro, independente (autótrofo) e sexuado (produz gametas por mitose) . – O esporófito (2n) é o vegetal transitório e depende do gametófito feminino para sua nutrição. O esporófito é assexuado, produzindo esporos assexuados por meiose, no interior dos esporângios. Assim, a meiose é intermediária ou espórica. Observação: Lembrar que existem briófitas dióicas como o musgo Polytrichum e a hepática Marchantia mas há também briófitas monóicas (hermafroditas).
Ciclo de vida de um musgo
– Em um gametófito masculino há gamentângios masculinos hapóides chamados anterídeos onde são produzidos, por mitose, os anterozóides (gametas haplóides) – Em um gametófito feminino há gamentângios femininos haplóides chamados arquegônios onde são produzidos, por mitose, as oosferas (gametas haplóides) – Os anterozódes ³nadam² até à oosfera que fica no interior do arquegônio (os anterozóides deixam o gametófito masculino e são transferidos ao feminino pela água da chuva ou orvalho). – Da fecundação, isto é, união entre um anterozóide(n) e uma oosfera(n), surge um zigoto (2n) – O zigoto (2n) evolui para um embrião (2n) que se desenvolve e origina o esporófito(2n) – O esporófito é constituído por um pé (2n) ou base ou haustório; uma haste(2n) ou seta e uma cápsula ou esporângio (2n) recoberta por uma tampa chamada opérculo . Sobre a cápsula há uma caliptra (n) que fazia parte do arquegônio(n). – No interior da cápsula há células-mãe- de-esporo que, por meiose (R!), originam esporos os quais serão posteriormente libertados para o ambiente (a caliptra e o opérculo caem permitindo que os esporos saiam da cápsula). – Cada esporo que germina forma um protonema, o qual emite ramificações no solo; surgem rizóides e outras ramificações que formam novos gametófitos de mesmo sexo e constituição genética . Assim, um determinado esporo forma um protonema que produz apenas gametófitos masculinos e outro esporo forma um protonema que origina somente gametófitos femininos. Com isso, o ciclo de vida dos musgos se fecha.
Considerações finais
Sempre há mais para estudar mas, por hoje, é só … No próximo ³dicas de biologia 5¹¹, será a vez das pteridófitas… Até lá …