Pra quem vai prestar Fuvest neste amo, é bom se segurar e ler Macunaíma, do modernista Mário de Andrade.
Publicado em 1928, o romance é mesmo o mais maluco e significativo romance da primeira fase modernista. Sobre ele, bom anotar:
1. Macunaíma tem como subtítulo “Herói sem nenhum caráter”, o que poderia ensejar uma pergunta sobre um tipo específico de herói: o picaresco;
2. Comparação previsível: aproximar esse herói de um outro, muito assemelhado a ele: Leonardo, de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel de Almeida, romance extemporâneo romântico;
3. Comparar o herói composto por Alencar em O Guarani e o sacana e maravilhoso Macunaíma, cujo grito era… “- Ai, que preguiça!”
4. Lembrar-se de que o romance de Mário é uma rapsódia, portanto uma “costura”de lendas brasileiras, misturadas à anedotas, brincadeiras, plenas de folclore.
Por fim: Aquele capítulo chamado “Carta às Icamiabas”é um perigo. A linguagem é diferente de todo o romance, pomposa e circunspecta, uma crítica feroz ao discurso vazio , ao estilo pomposo, inútil.