Poeta de Merda

Poeta de merda!
Poeta da porra,
como diria meu avô,
se ainda nos víssemos.
Tão de merda e
tão da porra,
que preguiçosamente desdenho figurar no papel
a tecitura dos meus poemas mentais.
Se os tivesse escrito…
Nada a fazer.
Foram-se para sempre,
aos pouquinhos,
como os que se cansam de estar entre nós.
Restam apenas faces enevoadas,
algumas letras borradas,
idealizadas,
daquilo que me preencheu a mente.