Nada É Para Sempre

Finda-se o ano, outra vez. E já se foram tantos que acabamos por findar o século e até o milênio. Aí sou acometida por aquele sentimento de final de festa, final de viagem, final de namoro, final de casamento… os finais são sempre tristes. E para quem acreditou a vida inteira em final Leia mais

Sobre os teus Olhos

Ó, Pensamento, por que de mim foges?
Como é difícil atá-lo a mim…
Se te quero por perto, te perdes nas profundezas deste lindo, misterioso olhar que me toca e me confunde.
E voa, voa… A fim de encontrares uma resposta. Talvez no infinito, talvez logo ao meu lado, Leia mais

Marcos, o iluminado – parte 12

(VIAGEM MUITO DOIDA, BICHO, PELOS ANOS SESSENTA)
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CENAS DE MACONHISMO EXPLÍCITO
RESUMO DOS CAPÍTULOS ANTERIORES (que podem ser acessados clicando em “edições anteriores” na página principal): A esta altura do campeonato, já não adianta ficar resumindo os capítulos Leia mais

O que era para não ser

Vinha no começo da noite pela Dutra quando vi a lua, redonda lua, brilhando amarelos no céu. E me lembrei das palavras de Cazuza, em “Azul e amarelo”: “Senhores deuses me protejam de tanta mágoa…”
Fiquei ouvindo aquilo, uma despedida de quem ia embora à revelia, Leia mais

Porque Nunca me Neguei, Nem me Menti

Nada termina, descubro. Nem séculos, nem dores, nem histórias. Tudo flui e reflui como um grande rio. Um século termina, um ciclo terminará. Por isso mesmo portas se abrem e se fecham, tal como o nosso coração que se abre ou se fecha às coisas do mundo, ignorando os fatos ou as aflições. Leia mais

Sinal Vermelho

Hoje de manhã, parado aguardando o semáforo abrir, eu observava o mendigo habitual no cruzamento da praça. Ele pede moedas na janela dos carros, tenta vender umas canetas vagabundas, as mesmas de sempre, que ninguém leva. Dão-lhe as moedas e recusam a caneta. Acho que nem têm carga. Fiquei vigiando Leia mais

Inquietude

Como era o costume, nos sentamos à frente da tevê logo após o jantar.
Meu marido tomando posse do controle remoto, mudava de um noticiário ao outro, e se qualquer um de nós ousássemos interromper as notícias, erámos advertidos com um sonoro “psiu” – tão forte que ficava Leia mais

Dona, Cadê Minha Viola?

O nome dele era Simplício. Simplício da Simplicidade. Homem erado já, beirando os setenta. Pobre, magrelo e banguela, faltando os dentes da frente e só tendo as duas presas para, em forma de grampo, segurar o que entrasse boca a dentro.
Simplício era cantador dos melhores. Bom de viola. Leia mais

Marcos, o iluminado

OS QUATRO AMIGOS Marcos “Quatro Olhos”, Daniel “Maracanã”, Renato “Piroca” e Afonso curtiam vagar pela noite teresopolitana, depois de terem fumado maconha.

Aproximava-se a meia-noite e passavam de carro defronte do cemitério, na periferia da cidade. As estrelas Leia mais