Finda-se o ano, outra vez. E já se foram tantos que acabamos por findar o século e até o milênio. Aí sou acometida por aquele sentimento de final de festa, final de viagem, final de namoro, final de casamento… os finais são sempre tristes. E para quem acreditou a vida inteira em final
Sobre os teus Olhos
Ó, Pensamento, por que de mim foges?
Como é difícil atá-lo a mim…
Se te quero por perto, te perdes nas profundezas deste lindo, misterioso olhar que me toca e me confunde.
E voa, voa… A fim de encontrares uma resposta. Talvez no infinito, talvez logo ao meu lado,
Existe un hombre que tiene la costumbre de pegarme con un paraguas en la cabeza
Existe un hombre que tiene la costumbre de pegarme con un paraguas en la cabeza. Justamente hoy se cumplen cinco años desde el día en que empezó a pegarme con el paraguas en la cabeza. En los primeros tiempos no podía soportarlo; ahora estoy habituado.
No sé cómo se llama. Sé que es un
Marcos, o iluminado – parte 12
(VIAGEM MUITO DOIDA, BICHO, PELOS ANOS SESSENTA)
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CENAS DE MACONHISMO EXPLÍCITO
RESUMO DOS CAPÍTULOS ANTERIORES (que podem ser acessados clicando em “edições anteriores” na página principal): A esta altura do campeonato, já não adianta ficar resumindo os capítulos
O que era para não ser
Vinha no começo da noite pela Dutra quando vi a lua, redonda lua, brilhando amarelos no céu. E me lembrei das palavras de Cazuza, em “Azul e amarelo”: “Senhores deuses me protejam de tanta mágoa…”
Fiquei ouvindo aquilo, uma despedida de quem ia embora à revelia,
Porque Nunca me Neguei, Nem me Menti
Nada termina, descubro. Nem séculos, nem dores, nem histórias. Tudo flui e reflui como um grande rio. Um século termina, um ciclo terminará. Por isso mesmo portas se abrem e se fecham, tal como o nosso coração que se abre ou se fecha às coisas do mundo, ignorando os fatos ou as aflições.
Sinal Vermelho
Hoje de manhã, parado aguardando o semáforo abrir, eu observava o mendigo habitual no cruzamento da praça. Ele pede moedas na janela dos carros, tenta vender umas canetas vagabundas, as mesmas de sempre, que ninguém leva. Dão-lhe as moedas e recusam a caneta. Acho que nem têm carga. Fiquei vigiando
Inquietude
Como era o costume, nos sentamos à frente da tevê logo após o jantar.
Meu marido tomando posse do controle remoto, mudava de um noticiário ao outro, e se qualquer um de nós ousássemos interromper as notícias, erámos advertidos com um sonoro “psiu” – tão forte que ficava
Dona, Cadê Minha Viola?
O nome dele era Simplício. Simplício da Simplicidade. Homem erado já, beirando os setenta. Pobre, magrelo e banguela, faltando os dentes da frente e só tendo as duas presas para, em forma de grampo, segurar o que entrasse boca a dentro.
Simplício era cantador dos melhores. Bom de viola.
Marcos, o iluminado
OS QUATRO AMIGOS Marcos “Quatro Olhos”, Daniel “Maracanã”, Renato “Piroca” e Afonso curtiam vagar pela noite teresopolitana, depois de terem fumado maconha.
Aproximava-se a meia-noite e passavam de carro defronte do cemitério, na periferia da cidade. As estrelas