Tua beleza é como frescor das manhãs de maio
Alivia e penetra fundo na alma ladina
Florindo cada canto do mundo
A espalhar tua presença
O sol que aparece no horizonte
A invadir com seus raios incandescentes
A escuridão da noite calma e vazia
Já vem trazendo
A Razão Em Coma e outros poemas
Pobres bibliotecas vazias
sem títulos e sem Borges,
O tempo, indiferente
ao jogo do relógios,
não é mais dos livros.
O saber é um desconforto
de uma civilização
que vive ao redor do imediato
e humilha a memória.
Geometria Fora Do Lugar
Poemas
1. Sou esta
Minha tradução
são minhas linhas discretas
quase junto aos olhos
verdes
assustados de assistir há tantas luas
o frio se aproximar
E arranhar minha pele
carente
clara e presente
no quarto na sala
nos devo-fazer do dia
na Poesia
Na busca
de não mais me proteger da vida
que
Silêncio
Se a noite eu me calo
E te deixo de lado
É porque de dia eu sorria
E você não me queria
Não pense que o que sinto é besteira
Pois não estou de bricadeira
Ou você decide me levar em consideração
Ou não fará mais parte do meu coaração
Quanta
De Cérebros, Desígnios, Corações E Almas
Um manto rosado
purpurinado
recobre uma talvez membrana de leve tom
lívido e metálico
onde reside nosso centro nervoso
lugar em que se depositaram todas as recordações
ou como se descobriu recentemente
todas e quaisquer demolições
de edifícios
“Coração”
tenho o coração cansado
do muito que se entregou
passa as noites acordado
chorando por quem amou
o cachorro que morreu…
o amigo que partiu…
a dor que aconteceu
no momento em que sorriu…
as flores de pé partido
numa voz amordaçada…
Noite Deste Século
Noite deste século
a noite tão temida
veio como esperada:
de surpresa
sem estrelas
desprendendo-se das cercas
e dos telhados
nas casas vazias
a brisa
quente, ansiosa…
Há algo que precisa ser dito
algo que não ficou bem esclarecido
Em Algum Lugar do Passado
Em algum lugar do passado
Parei para pensar um pouco…
Comecei a chorar feito louco
Sob um céu escancarado.
Uma voz empírea entoou de repente
“Semeie esse chão, desperte amor !!!”
Sorri então, a face rubra de poente :
Plantei meus versos
El homo sapiens
Homo Sapiens se baja de la cruz
y es largo el día, y
más larga la noche muerta,
y el sueño de unos labios largos, infinitos,
que dicen lo angosto y lo lejano
de los que invaden la presencia.
La muerte vela-vela y
mi cuerpo me mira soslayado,
porque
Tempos Modernos
Tráfegos tensos imensos
bêbados corriam trêfegos
tropeçavam caiam sem vez
de viés na pista poluída.
Homens traziam trabalhos
baratos ganhos com tormentos
nunca ouviam prognósticos
de melhores dias, salvo utopias.
Suas lidas severas bridas
com