A boa poesia é inútil.
Não soma.
Não subtrai.
Não multiplica.
Não divide.
Não vira de cabeça pra baixo
o sonho tolo
dos estúpidos.
Não diz a que veio.
Permanece impassível
em meio ao tumulto.
E silencia.
Emudece.
Vanessa, pra dizer que te amo…
Amar não tem limite de tempo ou prazo determinado, Porque amor é sem
razão e é a razão de todo mundo, Amar é se embriagar de alguém e cair
de amor,
Amar é coisa impossível de desfazer,
Amar é um beijo inesperado, desesperado, até mesmo exagerado
Amor faz o
Ode Desatinada
canto é o silêncio
o suspiro
o susto que desperta
a espera do ser
canto é o galope
o golpe da faca
a fenda
a gase
a menta
a crase
canto é o par de sapatos
a meia
a côr estranha
a poeira
a teia de aranha
canto
Elos
Se bem me lembro daquela ceia,
Ficou em mim a centelha,
Indiferente a falaz estrela
Que o brilho ficou para trás.
Se bem me lembro meu anjo
Esses cravos que ofereço
São os mimos e apegos
Apegados em minhas mãos
Daqueles pés tão andados
Em
Ave
Qual ave predadora
Sua imagem brilhante
Invadiu minha noite
Atracando-se comigo
E desfechando
Em minha frágil face
Uma saraivada
De beijos
Ardentes
E me prostrou ao chão
Estonteado
Como caça abatida
E abriu meu peito
Dilacerado
Agonia de la Cigarra
Qué no hay pan
maldita sea
a quién le importa el pan
amo una estrella
amo la fuente
que cumple los deseos
a cambio de monedas.
Si falta luz
porque canté a la hierba
cantaré
a tu dorso desnudo
con mas fuerza.
Cantaré a la
Rima Fácil
Fugir da rima fácil,
Eis aí minha obsessão freqüente.
Nem sempre posso.
Deflorando a flor do lácio,
Ainda tento rimar “nonsense”
Com qualquer troço.
Reflexo
Talvez seja espelho…
Deste açúcar de abóbora
De teu beijo.
Guardo o afeto, a comunicação,
O vapor quente-úmido no vidro.
Luz curva-se no laboratório da tua curva.
Dá juízo e movimento à sombra.
Pode ser espelho…
Dança secreta,
Caminhando Para o Natal
Nesta época de Natal
criei um mundo
onde não há árvores
nem azevinho
nem simples malmequeres silvestres
apenas um rio cheio de imagens
dividindo o assombro
entre o passado e esta herança.
Obscuras Notas del Poeta
Me transformo en círculo de palabras escogidas
para cantarle a Nada.
Qué bello el color del cognac quieto que espera
mi boca autorise su entrada triunfal
a embriagar mi seso y humedecer
con su calor de vagina encendida ese interior mío
al acecho.
Hoy necesito