Em comum com a personagem de Jorge Amado,só o nome.
Além deste detalhe, ela nada tem da morenice brejeira ou aspecto agreste da Gabriela baiana.
Seu rosto alvo, possui traços aristocráticos, com algumas sardas que lhe conferem um aspecto juvenil.
Gabriela é uma moça realmente bonita. Beirando 1m e 70cm, esconde de todos o seu peso bem distribuido.
Tolice de uma exagerada vaidade.
Seu corpo é atraente, embora não seja magro como as modelos das passarelas mas ela também não é gorda como as musas dos pintores da antiguidade. Ela tem o peso exato para despertar interesse físico até nos paqueradores mais exigentes.
No seu cotidiano, o trajar, andar e falar lhe conferem um aspecto andrógino, ora nas palavras calmas de uma fèmea conselheira, ora nas frases duras e cortantes, em tom incontestavelmente masculino. Ao longe, é rígida e fria como o gélido Pico do Himalaia mas na proximidade, se revela uma fábrica humana de lágrimas que brotam ao assistir novela das 20:00hs, ouvindo uma frase áspera ou relembrando dores antigas. Do pai, herdou o aspecto brutal da geniosidade; da mãe, o olhar vago e a inquietude; dos dois enfim, herdou a paixão pela jogatina.
Damas, valetes e reis.
Taco, giz caçapa.
Bolas, números e cartelas…
O tempo contudo, é sábio mutante da humanidade e transformou a jovem jogadora:
Decepções amorosas e financeiras a levaram para o caminho aparentemente suave, do puritanismo religioso.
Comprou o CD original do Padre Marcelo Rossi, virou católica carismática, seguiu o trem elétrico de Jesus e assim se sentiu santificada e liberta das tentações mundanas.
Hoje, ela faz palestras que enaltecem o terço bizantino, condenando jogos e vícios de toda ordem.
De Gabriela, bingo e cartela, se transformou em Gabriela, novena e vela.