Um grande acontecimento alvoroçava o povo, ao aparecer um dos primeiros automóveis. Era na verdade uma grande agitação. Havia que vigiar as crianças, para impedi-las que saíssem às ruas. Legando as mães que: a morte poderia surgir inesperadamente.
Então o veículo pôs-se a rodar pelas ruas da cidade. Uns diziam: É feio até parece criação do demônio; outros diziam é uma carroça que anda sem cavalos puxar. Um senhor de bastante idade assustado falou: ³Não acredito no que vejo! Não tem bicho nenhum que puxe a tal geringonça². Outros comentavam que era sinais dos tempos e com esse advento poderia estar chegando o fim do mundo. Um menino exclamou em alta voz: ³Quem é que pode parar um carro sem cavalos, sem chicotes e rédeas, quem domina isso! É mesmo o fim! Meu pai sempre diz que no fim do mundo irá aparecer coisas espantosas, acho que já chegou o tempo do fim …!² De fato era espantoso o veículo de rodas altas de bicicleta, o assento lá em cima. Um homem com guarda-pó ( espécie de avental ) e óculos protetores, era o condutor. Realmente o espantoso veículo produzia explosões que à distância apertavam os corações. Ninguém compreendia como o condutor lá dentro, agüentava a intensidade do barulho e muita poeira, sem perder o fôlego. A máquina produzia uma feroz velocidade de 20Km/h.
De longe ouviam o barulho, pois a máquina era precedida de estouros apavorantes que alvoroçavam os corações. Deixavam os cadernos, os ferros de brasas ( ferro antigo de passar roupas ), as panelas cozendo os alimentos, as costuras, em fim todos os trabalhos e afazeres eram deixados todos pra depois que a poderosa máquina terminasse de apresentar o espetáculo. A cada rua percorrida pelo veículo corria muita gente às janelas, mães correndo para recolher seus filhos pra dentro de casa. Mas as explosões produzidas perdiam pouco pra tiros de canhão em dia de Festas Nacionais.
Alguns pais também ajudando na proteção dos meninos diziam: _ Lá vem o bicho! Recolham crianças! Fujam! Meu Deus! Não fiquem aí baratas tontas! E os meninos de rua se atarantavam ( desatinavam ) no meio das ruas estreitas sem saber pra onde correr.
Berravam as velhas: – Meninos! pelos seios em que amamentastes fujam do perigo ! o bicho pode até jogar água quente nas tuas cabeças! Cuidado com o vento do carro! Ele pode te arrastar!
Uma ou outra criança, entre clamores e alarmes, ficavam sem saber onde esconder enquanto o veículo aproximando com as explosões é fúria.
– Obs. do Autor: Aos caros leitores(as): Façam como a Professora Esther P S Rosado nos orientou: Você quer escrever ?! Não é difícil. Põe a cuca pra funcionar, pegue um papel e uma caneta, vá pra debaixo da sobra de uma árvore, se fazer frio, vá ao relento do sol e rabisque alguma coisa. Foi o que fiz e muitos também fazem. Não é difícil. Tente!
Vale a pena.
Conclusão referente ao meu comentário sobre o automóvel:
– Nem o apavorante incêndio do Edifício JOELMA no dia 1º de fevereiro de 1974 na cidade de São Paulo, o incêndio do Pirani Campioníssimo, o incêndio do Andraws, foi tão assustador. Contudo, ter causado muitos prejuízos, muita tristeza, muita agonia. O povo assusta, mas já se ambientaram com os acontecidos. Mas na aparição do primeiro automóvel, lá no Nordeste deste imenso Brasil, dizem que chegou morrer gente com medo do que viu.
Espero os que lerem o meu texto, terão algo a comentar e fazer correções. Sintam-se à vontade . E os que desejarem poderão me escrever:
Sem mais no momento Um abraço a todos.