Vai Para Thimbur

Thimbur. A foto do mar verde verde, coqueiros balançando ao vento na frente de cadeiras de praia branquíssimas sob guarda-sóis altivos, guardando no alto as estrelas do hotel…Thimbur…o folder mostra uma praia do Nordeste, mas aquilo era África…por quê África se praia é igual em todo lugar? Mário e sua razão pragmática. Praia é igual em todo lugar, mas a geografia física e animal não. O sol africano, de um calor ardente, que pimenta a comida de lá. Selvas…elefantes…girafas…rinocerentes. Estes bichos a gente vê só em reserva, como o Simba Sáfari aqui. Thimbur…ondas de sal e areia batendo nos meus lábios e a língua perversa de Mário, bobagem de burguesa entediada, no fim enjoa e lá se mete no maior shopping center do balneário. Eu me imaginando soberana, em cima de um elefante rosa, protegida do sol africano por uma sombrinha fina de seda. Mário em cima de um elefante cinza, coberto por uma túnica preta, do pescoço aos pés, rindo. Burguesa rumo ao shopping. Elefante, siga em frente, please. Falo macio para Rosa e ela sai em disparada, enquanto me agarro firme em suas orelhas. O cinza se assusta e também sai em disparada, derrubando Mário da montaria. Mário tem três costelas quebradas, tem que ir a um pronto-socorro e passa o restante da viagem internado…tenho as melhores férias da minha vida. Thimbur. Preciso urgentemente conhecer este mar.