Um país com dimensões continentais e população superior a casa dos 130 milhões, merecia estar entre os cinco primeiros colocados no número de medalhas obtidas nas Olimpíadas.
No entanto, heróicos(as) brasileiros(as), trouxeram poucas mas valiosas medalhas.
Motivos são muitos , para justificar a pequena expressão brasileira em competicões internacionais mas o principal é a falta de alicerce e estímulo em nosso solo.
Um ciclista brasileiro, precisou reunir os amigos para ajuntar dinheiro e comprar uma bicicleta competitiva.
Um praticante do hipismo, teve o auxílio do pai que colocou um dos carros da família a venda, para financiar a ida do filho, além de vender com a família e amigos, centenas de camisetas.
Por outro lado, havia o exagero nos gastos com a seleção brasileira de futebol masculino que teve o privilégio de estar em hotel cinco estrelas, enquanto os demais atletas, ficavam em alojamentos simples da Vila Olímpica. Sacrifício de um lado e mordomia(para poucos) do outro.
Nas Olímpiadas, não existem prêmios milionários, apenas medalhas que são contabilizadas para o país que a conquistou, através de heróicos(as) praticantes das mais diversas modalidades esportivas.
Alguns atletas brasileiros, treinam no exterior, onde existem condições satisfatórias mas isso é privilégio de poucos.
No Brasil, o apoio ao esporte é limitado e sómente o futebol masculino é tido como esporte das massas e portanto, recebe apoio gigantesco da mídia, girando em torno das cifras astronômicas.
Por essas e por outras, temos poucas medalhas e muitas mudanças necessárias para um melhor desempenho.
A imprensa esportiva, deve ceder mais espaço a todas as modalidades e não sómente aos esportes coletivos.
Verbas para incentivar o esporte, na esfera municipal, estadual e federal, são essenciais para que o Brasil seja reconhecido mundialmente como um país que valoriza seus atletas.