ainda sou estranho, louva-a-deus esguio sobre as patas traseiras. outrora, fui formiga… parece inconcebível a compreensão da reencarnação dos insetos, mas acreditem em mim, se estou ainda sobre as patas traseiras, antes diminutas, é que me preparo para a defesa. a sobrevivência exige vida
Sorriso
Pôs-se a tricotar um sorriso
em tamanho grande
Uma malha em formato especial
Ponto de abraço-encontro
Uma malha de pequenas-grandes-surpresas
Para aventurar a vida
Outra malha ainda para rematar
de beleza-rendada de árvore
Era um sorriso
em tamanho grande
tamanho do seu frio
O sorriso crescia
e
Da Necessidade de Ler Obituários
Uma crônica sobre obituários? Estranho, não é? Deixa de sê-lo, se o tolerante leitor deste modesto texto descobrir a idade deste surrado escriba. Por enquanto, saiba, apenas, que ele já caminhou bastante…
Aos jovens, os obituários pouco interessam. Eles estão ligados é no mais
A Terra Brasilis e o Super-Homem
Recentemente, assistindo a um famoso telejornal de uma grande emissora, tive a informação de que o Pantanal e uma determinada área da Amazônia foram consagrados com o emérito título de Patrimônio da Humanidade. Ora, será que o mundo finalmente está reconhecendo os valores que a nossa terrinha
Silêncio Sepulcral
A caixa dizia que se ingerido seria fatal. Não teria mais jeito. Então era só eu colocar no pão com goiabada que minha mulher tanto adorava. Não tenho idéia de que gosto têm aqueles floquinhos azuis, talvez tenham algum gosto forte e sempre pensei que ninguém comeria assim, normalmente, como
Viajantes
Não tinhas a menor noção,
Nem à consciência advém,
Que ao tocar em minha mão,
Me farias perder o trem.
Viajar adiante, eu precisava.
A parada foi distração.
Minha alma descansava,
Separada da razão.
Encantamento surgido
De uma voz que
Bula
O que em mim é permanente
sou eu;
caso mudo, é só a periferia
que me difere.
Conto haver em mim tanto,
mais tanto
no que sou incapaz de corrigir,
que direi do mundo,
dos outros…
Não mo fosse o que mais aflige e limita,
eu seria
Literatura 13
Pra quem vai prestar Fuvest neste amo, é bom se segurar e ler Macunaíma, do modernista Mário de Andrade.
Publicado em 1928, o romance é mesmo o mais maluco e significativo romance da primeira fase modernista. Sobre ele, bom anotar:
1. Macunaíma tem como subtítulo “Herói sem nenhum caráter”,
Medo
Eu tenho medo de sofrer – Ela disse.
E lançou por terra, com aquela simples frase, todos os sonhos que ele trazia no peito. Com aquela frase tinha colocado a situação num plano real. Ou tinha sido ele o responsável por aquela realidade que de repente os tomava? Tinha sido ele o responsável
Literatura 2
A Fuvest , para o vestibular 2000, indicou a leitura de A Ilustre Casa de Ramires, de Eça de Queirós. E Eça de Queirós, da mesma forma que Camões e Machado de Assis, quando indicado costuma aparecer mesmo.
Que tal começar a ler o livro que será por nós analisado na próxima quinzena?
Dicas pra