Quando ela voltou, ele ainda estava na sala. A visão insólita: uma camada de cimento no piso, com mais ou menos um palmo de altura, e ele com as pernas abertas e os dois pés cimentados. Os braços também abertos, elevados e presos por uma corrente às paredes. Quase o desenho das proporções
A Mulher Escritora
No momento em que surgem os clones ameaçadores, os insanos, os monstros avassaladores, que emporcalham e amedrontam a civilização e a ciência humana, quando os direitos humanos são desrespeitados, notadamente das vítimas e de seus ascendentes e descendentes, lembro-me da data gloriosa que reverencia
Salvação e outros poemas
aurora
delírio insano do agora
chave do depois
Pode me chamar de Diamante
Desejo
me manter inteira para a luta
E quero me sentir intacta
força bruta diamante
[visceral]
Para conter em mim toda
e qualquer
parte que reluta em ser alguém
A Loucura e o Viver
Um pedido à lucidez, clamando sensatez.
Pródiga loucura… filha imatura de mim,
bastará um chamado e cessará o acabado…
Deixar-me de vez, é não refletir-me no espelho.
Isso será a morte, será corte mais fundo,
será a gota do absurdo… inundação
Estranho Adeus
Rasga tua boca
em minha faca
sente a dor
prescrever o verso que tu vais gozar
vê sangrar
num canto da tua boca o gosto
do meu beijo
Aí sim
podes pedir que eu me vá
Os Relógios, Santo Agostinho e os Livros que Pude Ler
Ah, eu queria agora uma crônica bem pequenina: duas ou três palavras.
Mas acordei assustada hoje, ouvindo os meus próprios soluços, um resto de sonho dependurado no arco das sobrancelhas. E a crônica, que eu pensei tão fácil, não me veio. Ia contar uma história, acabei esquecendo um
Mr. M e o Desencantamento do Mundo
Todos os domingos no programa “Fantástico” da rede Globo, um quadro traz como personagem principal o mágico Mr. M. Muitos já o conhecem até pelas máscaras que são vendidas e mesmo pela recente turnê que fez pelo Brasil. Sua apresentação é um número de mágicas, todas com grande
Encantamento
O mar, Marco, Marília, a ilha.
– Aqui sempre é bonito.
– Verdade.
– Estou vendo algo nas ondas, parece um golfinho.
– Pare com isso Marco, nem quero saber dessas coisas.
– Bobagem. Acho que foi impressão minha.
Silêncio.
O rosto claro de Sibila, seus olhos de cor indefinida,
A Mente Selvagem
00:20 e a inquietação não ia embora. Só a criatividade havia se retirado. As músicas não fluíam mais de sua mente, e o compositor sentia uma enorme vontade de ter alguma vontade. Foi ao banheiro e tentou vomitar; dedo na garganta. E nada. O mais difícil, botar algo pra fora.
Foi então
Minha Super Nova
Haverá um tempo em que iremos descobrir uma estrela brilhante em nossa vida. Será ela, nossa estrela guia, nossa bússola, nosso destino. Será ela que, a partir de então irá nos nortear, nos conduzir, nos dirigir e muitas vezes, nos mostrar o caminho a seguir. Estará ela lá sempre a cintilar