O último poema…
No desconforto móvel.
Pensamentos que flutuam.
Absorvem palavras.
Nos ares de outros céus.
Que a marteladas de vidro,
congelam os céus vizinhos.
E tristezas me fazem chover.
E assim tudo enguiçou.
O arco-íris pifou.
Quebrando os movimentos.
Deixando tudo ao meio.
Tudo pela metade, longe de ser metade.
Batizaram-a de saudade.
O último pensamento…
Pensamentos não morrem.
Pensamentos dizem adeus.
E partem para alguma parte do planeta.
Porque tudo é dividido,
proibido e retraído.
Mas ninguém conhece o caminho.
Porque não se pode sair para dentro.
Porque a lógica impede que saibamos mais.
E a ignorância é a esperança.
A alegria da criança.
Que cresce e deixa de ser criança.
Porque o tempo é o inimigo dos vivos,
e companheiro dos mortos.
Que nos mortos se estabelece.
Não sai, não volta, não cresce.