morre no riso
a lágrima desesperada
LEVITANDO
na órbita
do teu olho
eu transgrido
as leis
da gravidade
MOBÍLIA
na madrugada insone
os objetos afirmam
suas linguagens de silêncio
e desenvolvem
suas prosas mudas
sob a nudez do telhado
imobilizados
movimentam a rodilha
do tempo
e dilaceram os vultos
espectros antigos
que entre eles
se escondem
( Do livro “O comício das veias” – Lau Siqueira)