“De Ti”

de ti não sou
de deus
nem do diabo
sou também
pelo caminho que me apontas
eu não vou
e a vereda que procuro
é mais além
do nosso amor
as vestes
são já trapos
do fogo da paixão
já nada resta
sabe-me a sal
a sombra da ilusão
e o esquecimento ri
dormindo a sesta
na casa onde vivemos
sobra espaço
não há
nem um minuto
a reviver
mas
diz-me
mulher
diz-me
o que é que eu faço
a este amor que teima em não morrer?