Já vi a cruz pintada de várias cores
Tantos caminhos para um mesmo destino
Sangue tão puro, limpo e cristalino
Podre, regando tristezas e mortes
Ele não quer presentes nem flores
Para Ele basta o badalar dos sinos
E para povoar os campos divinos
Quer brancos e negros, ricos e pobres
Bom se algum dia todo mundo soubesse
Que a fé não pede uma religião
E a sujeira indulgente daí sumisse
Então o “fiel” pergunta ao “bom cristão”
– Seu padre, Jesus se escreve com “S”?
– Não meu filho, se escreve com “$”