O casulo azul não acolhe asas,
revela o sono
solto no espaço,
ave liberta,
longe do solo
em vôo livre,
ausente do corpo.
Ronrona a rede,
murmura sons,
sussurra leve,
ao vento morno,
segredos novos.
Sob os acordes
atleta suspenso,
no vagueio lento,
notas e sonhos,
alado descanso.
Embalo, tua infância,
fugaz momento,
em silêncio,
sem cantigas,
sem baladas,
no balanço
do
pêndulo
do
tempo.