A Lua desnuda passeia,
Puta da noite oferecendo-se
a olhos libidinosos
em afã de “voyeur”.
Despista
Em encobre-encobre
Embaçando-se
Em auréola de lua grande
Empresta claridade às nuvens
Desmistifica-se
Colorindo sombras azuladas
Em rubor
No entra e sai
Copia os amantes
Em inveja reinante
Na solidão cheia
De puta-lua.
O olhar do céu para a água azul
Encontra na piscina suicida desfeita
Em ramos de verde,
Puta lua no espelho.