Éramos dois e nem sabíamos, e agora não somos nós e o esquecemos. Fomos soma, como uma vigília, e seremos verbo, como um mandamento. Somos as duas da madrugada, e engarrafados em perfumados frascos de horas perdidas, naufragamos em gritos tormentosos, enquanto as copas floridas dos dias que passam disputam entre si seu território de sombras, e os alicerces da espera declamam perguntas silentes.
Quero deixar de te esperar, para que chegues.