Reflexo

Talvez seja espelho…
Deste açúcar de abóbora
De teu beijo.
Guardo o afeto, a comunicação,
O vapor quente-úmido no vidro.
Luz curva-se no laboratório da tua curva.
Dá juízo e movimento à sombra.
Pode ser espelho…
Dança secreta, salão dos olhos
Teus…
Envaidece-te véu,
Um decote de som,
A onipotência do através.
Poxa! Que discurso é este?
O azar do vidro quebrado virou lago.
Safiras, ametistas, cristais e conchas
Represam a face de Narciso.