A noite se vai…
A dama Aurora me vem de lá
enquanto os meus Dias já se vão…
daqui, ainda sem um sol.
(Dias, os Senhores!
A Senhora! Noite…)
Sempre há alguém, que ao seu ninguém retorna;
quem, um dia a mal se sabe bem, talvez se torna.
Conformam-se, no crepúsculo, esses meus Dias…
E amanhã? quem dirá o retorno de minha Aurora?
A dizer, a vida mais não sabe.
Toda esquiva disso aqui,
mais longe passa enquanto se vai abrindo;
faz noites, que me pregam como a dama
e de resto, só o mais correr, feito esses Dias.
Mas, a minha janela o diz.
Quando se fecha, dá epigramas para alguém
que se engraça, inteiro e além da sua vidraça.
Quando se abre, é um gesto, apenas vão…
a soleira de um busto, que se esgarça e faz, só,
um epitáfio de ninguém.