Da janela parte o meu olhar perdido,
Saltitando a esmo por sobre o muro.
Deste cenário vai além, se faz rendido,
Desvia-se… Põe-se alado, colhendo tudo.
Ah!… E se meu olhar deixasse parado,
Será que o teu, navio em cais seria?
E se mais quisesse, teu olhar aportado
Nadar dentro do meu?… Que bem faria!
Tão doce olhar que à minha alma atiça
E assim desfaz o frio que nela habita!…
Onde está esse olhar que diz, me enfeitiça?
Será que está perto?… E por que não grita?